quarta-feira, 23 de março de 2016

Mãe e Filha Pelo Mundo: O projeto acabou? O que aconteceu?

O projeto para participarmos juntas (minha filha Giulia de 14 anos e eu) de um mutirão voluntário de bioconstrução tinha se dividido em duas partes, devido a questões escolares (por conta da greve que acabou atrasando o calendário letivo e impossibilitou a participação dela).

A primeira parte, que já está em processo de conclusão, onde fui sozinha voluntariar e a segunda onde iremos juntas. 

O projeto não acabou porém a segunda parte só será realizada no final do ano ou início do ano que vem. Isso para garantir a melhor experiência para ela, participar como voluntária nos meses de verão, nas férias e sem grandes tensões escolares.

Minha aproximação da prática da sustentabilidade, da prática do serviço voluntário abnegado tem me proporcionado grandes ensinamentos. Sinto que me desenvolvi como a mulher que sou hoje, com 31 anos. Venho me fortalecendo e sentindo o contato com a terra me desperta a responsabilidade real que tenho como educadora. A prioridade em resgatar e fortalecer meus laços familiares cresce a cada dia, estou entregue ao amor à vida e ao serviço, buscando e transmitindo a luz que encontro. Minha fé cresce a cada dia, encontrei entre os voluntários, outros dois membros da mesma religião que eu sigo e temos praticado juntos a nossa fé.

Tenho uma gratidão imensa para com Deus por sempre me dar a exata medida do que preciso, mesmo quando eu não sei o que eu preciso. Venho confrontando minhas falhas de caráter, observando meus comportamentos e alterando minhas atitudes dia após dia. Me relacionar com as pessoas sempre é um desafio, sou muito empática e me surpreendo muito ao perceber que a maioria das pessoas não o é.

Sou parte da realidade nova que vem sendo construída e desenvolvida a cada dia por tantas pessoas cheias de luz, mas também de sombras como eu. Minha filha merece a mãe em que estou me tornando hoje, ela merece todo amor e toda a beleza do mundo, todas as alegrias e todas as bênçãos.

Uma pessoa não deve se limitar por nada que seja dito por outra pessoa. Aceito toda a ajuda para seguir educando minha filha com todas as experiências que edificarão seu ser. Entrei nessa por um bem maior: para mostrar na prática que todos somos autores de nossa própria história, que para seguir seguindo é só seguir, que para mudar é só mudar, que para conquistar algo é necessário atitude, honestidade, mente aberta e boa vontade.

Enfim, minha gratidão fala quando me importo e quando compartilho com os outros os caminhos que me levaram ao sucesso. Só eu posso fazer algo por mim, mas não posso sozinha, venho trabalhando em mim a humildade para aceitar que preciso pedir ajuda sempre que não estiver dando conta sozinha.

Então peço ajuda a você que me acompanha :) Compartilha minha história?

Gratidão! Aho!

 

Um dia típico na Estação Marcos Ninguém de Permacultura durante o Diplomado em Permacultura


1. Não existe um dia típico

2. Existem 4 tipos de alunos:

> Aluno residente na cidade de Alpestre-RS (bolsista). Mora na cidade e trabalha lá durante o dia. As 18:00 pega um ônibus cedido pela prefeitura para a Vila Dom José assiste as aulas de 19:00 as 20:30 janta e volta para a aula de 21:00 às 22:00 e pega o ônibus de volta para Alpestre.

>Aluno residente na Vila Dom José: paga a mensalidade do curso de R$100, custeia seus gastos pessoais e assiste as aulas que começam as 19:00.

>Aluno residente na Vila Dom José optante pelo voluntariado na Estação: 7:00 toma café da manhã na Estação, as 8:00 inicia os trabalhos, as 12:00 almoça na Estação, as 14:00 volta ao trabalho e as 16:00 está livre para se preparar para a aula as 19:00. Paga R$100 da mensalidade, R$200 do custeio da alimentação (R$50 por semana) mais suas despesas extras com aluguel e outros gastos pessoais.

>Aluno residente na Estação optante pelo voluntariado: 7:00 toma café da manhã na Estação, as 8:00 inicia os trabalhos, as 12:00 almoça na Estação, as 14:00 volta ao trabalho e as 16:00 está livre para se preparar para a aula as 19:00. Paga R$100 da mensalidade, R$200 do custeio da alimentação (R$50 por semana) mais seus gastos pessoais.

3. Quem é voluntário participa da divisão e rotação das tarefas diárias de duas maneiras:

{1} através do seu clã (águia, cavalo, lobo ou jaguar) que durante 1 semana ficam responsáveis por tarefas divididas entre: cozinha, limpeza, estação e harmonia.

{2} através de grupos de trabalho entre áreas administrativas, planejamento estratégico, comunicação, plantio e manejo agroecológico em conjunto com os produtores rurais, fabricação artesanal de produtos agroecológicos, comercialização dos produtos, criação e desenvolvimento de oficinas práticas, bioconstrução e venda das casas na Ecovila Dom José II.

4. O trabalho voluntário é de segunda à sexta nesses moldes. Aos sábados o trabalho é até o meio dia. Domingos e feriados são livres.

5. Aulas em campo e práticas são dadas em alguns dias no período do dia, além das aulas noturnas.

6. A Permacultura incentiva a construção de boas relações com as pessoas (físicas e jurídicas) e a Estação vem desenvolvendo um design social com os moradores da região para construir laços fortes e duradouros, bem como buscando apoio em órgãos como a Emater e o Sindicato Rural além da Prefeitura.