quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Nos bastidores do projeto

Sou a Jéssica Magalhães, tenho 31 anos e uma filha de 14 anos, moro em Brasília, mas nasci em São Pedro do Sul, no Rio Grande do Sul. Sempre fui atraída por assuntos como: sustentabilidade, empreendedorismo, tecnologias de transição, pós-capitalismo, futurismo, turismo, mochilar, paisagens, contato com a natureza, economia multi-modal, “faça-você-mesmo”, mais recentemente a Permacultura, a Agroecologia, a Fluxonomia 4D e tantos outros;

Também sempre gostei de fantasia e ficção-científica pelo poder de criar, de inventar novos mundos, novas possibilidades de tornar possível aquilo que ficava apenas na imaginação. Este também é o motivo pelo qual sempre gostei de livros e de filmes, mas principalmente de jogos. E minha maior paixão foi o RPG (Roller Playing Game), pois me inseria diretamente dentro do universo das possibilidades e ainda me permitia ser convidada a “entrar” na cabeça dos que jogavam comigo.

Outra coisa que sempre gostei foi escrever. Mas por algum motivo eu tinha algumas travas que não permitiam que eu me envolvesse demais nesse mundo. Escrevia as vezes, quando não podia segurar dentro de mim as palavras querendo sair. Escrevia sobre alguns personagens que inventava, escrevia sobre mim, sobre meus sentimentos, escrevia muita poesia, tenho textos tão variados ainda não publicados e desconexos uns com os outros, vários temas diferentes. Tenho desde textos infantis até contos eróticos, em vários estilos, inclusive ficção científica e fantasia. Venho ultimamente resgatando em mim a confiança necessária para investir minha energia na escrita, não é fácil. Tenho muitos obstáculos a ultrapassar, que têm diversas origens, os mais difíceis são os que eu mesma crio. Tenho conseguido ultrapassá-los, isso é um grande progresso. Perdi a conta de quantos blogs eu iniciei e não dei continuidade. O que dura a mais tempo é o Pasárgada Idílica Phantasie, pois nele eu me permiti, desde o início, ser livre e escrever sobre o que eu quiser, quando eu quiser e se eu quiser. Então alguns textos antigos que acho no meio dos vários papéis, cadernos e agendas que guardo, às vezes são publicados lá.

Estava lendo alguns livros, blogs, assistindo alguns vídeos e ouvindo e conversando com algumas pessoas muito interessantes, algumas das quais conheci fazendo cursos e participando de congressos, seminários e palestras incríveis. Tudo muito maravilhoso, que me mostrava os caminhos que eu deveria seguir e como me comportar nos processos para atingir meus objetivos. Foi então que novamente eu travei.

Devo ter algum programa malicioso infiltrado no meu cérebro, algum cavalo de tróia ou coisa parecida! Acontece sempre quando me aproximo dos caminhos certos para atingir meus objetivos e se manifesta das mais diversas formas: ataque de ansiedade, ataque de pânico, prostração, procrastinação, depressão, sentimentos de incapacidade, euforia descontrolada, obsessão por prazeres imediatos e fugazes, envolvimento com coisas que me levam no caminho contrário e que me aprisionam, me drenam a energia.

Estava assim: dormia e não conseguia sair da cama a não ser que tivesse algum compromisso externo com outra pessoa. Quando desperta e visivelmente capaz e com tempo, era tomada por alguma dor física ou confusão mental que me incapacitava de concentrar e produzir uma única frase que fosse. Nessas horas só conseguia assistir a séries ou jogar alguns jogos que não exigiam tanta concentração, ou mesmo navegar no feed de notícias do facebook. Tudo o mais era demais para mim. Não era capaz nem ao menos de fazer algum comentário no que eu lia ou assistia ou mesmo de manter algum diálogo com qualquer que fosse a pessoa pelo whatsapp. No entanto eu sabia que se quisesse fazer algo acontecer eu precisaria mudar minha atitude e isso me atormentava.
Todos que me conheciam, mas principalmente minha mãe e minha filha, percebiam que tinha algo muito errado comigo. Eu não queria admitir, estava tentando levar tudo da melhor maneira e me concentrando em apenas manter as aparências de que estava tudo bem. Mas eu engordei muito. Até quem não conversava tanto comigo estava claramente preocupado, me convidavam para caminhar no parque, o que eu sempre negava com alguma desculpa.

O inevitável aconteceu: fui confrontada. Minha mãe fez eu admitir que estava com problemas e que precisava de ajuda. Então me orientou que eu pedisse ajuda a todos que pudessem me ajudar, que eu parasse de tentar esconder meu problema e falasse sobre ele com minha psicóloga, com minhas amigas, com todos que me amam. Foi muito difícil. Porque eu sou um tanto orgulhosa e porque não gosto de admitir minhas fraquezas. Também porque eu queria ser um exemplo para minha filha, e não de um exemplo ruim.

Eu tenho vários medos. Um deles, não sei se o maior, é de ser declarada como insana, louca e por isso ser desacreditada. Sempre tive um fascínio pela loucura e por algum tempo admirei tanto esse título que vibrava quando alguém me chamava de “muito doida”. Mas percebi que nem todo aquele considerado louco é insano deveras e que por detrás da genialidade (tão temida por alguns) os perigos de ser silenciado da maneira mais cruel, ser desacreditado, é de fato indesejado e mesmo tripudiado.

Pois bem que eu tinha todo um respaldo para insistir nos meus projetos, com cursos, estudos e pessoas-chave. Para que, por mais incomum que pudesse soar aos ouvidos dos meus familiares e amigos, eu seguisse sem medo e lançasse mão dos recursos que me são disponibilizados graciosamente através da internet. Acreditem, ou não, mas o mundo está mudando(para melhor) e são as pessoas que estão se unindo e fazendo isso possível de acontecer.

Deus age misteriosamente. Foi só eu conseguir pensar com clareza, o que fiz quando fui até meu local de oração, que defini claramente o que eu queria e o caminho para chegar até meus objetivos foram sendo desenhados por Ele. Pessoas foram aparecendo no meu caminho, as coisas que eu quis foram chegando até mim da maneira mais incrível! Um dia eu abri meus olhos e já tendo pedido força e coragem para prosseguir, fazendo o que estava ao meu alcance para fazer, consegui sentar em frente ao computador e produzir.

Foi uma sensação poderosa! Senti minhas forças voltando a mim e uma eterna gratidão ao Pai. Sabia que nada tinha sido em vão. E o que eu tinha definido? 
  • Que eu queria me envolver de verdade, com a mão na massa, com todos os meus assuntos preferidos, mas escolhi alguns como: Sustentabilidade, Permacultura, Volunturismo, Contato com a Natureza, “Faça-você-mesmo”, Tecnologias de transição, Economia multi-modal e Colaborativismo para começar.
  • Que eu queria melhorar minhas relações familiares, por vários motivos escolhi minha filha como prioridade.
  • Que eu queria me dedicar à escrita, sem culpa, porém, com mais foco e produzir literatura de verdade, publicá-la e dar acesso público aos meus materiais e obter retorno financeiro com isso.
  • Que trabalharia com projetos, captação de recursos e viabilização para a realização deles.

Aos poucos, minhas travas foram sendo liberadas e eu fui seguindo, ainda lutando contra a cama, me desviando dos pequenos obstáculos que ia percebendo como postos por mim mesma. Mas a força que eu recebia a cada dia, ia me tornando mais forte e melhorando minha concentração. Às vezes tive umas quedas, algum impedimento físico (parece que meu cérebro ainda controlado pelos trojans ia desregulando minha imunidade ou meus hormônios com esperança de me travar de novo), mas minha mente voltava melhor dessas quedas, não se desestabilizava por completo como antes. Deus estava fazendo a parte dele e eu tratei de fazer a minha.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

O que eu faço ou deixo de fazer influencia o mundo?


Você já pensou em qual é o seu papel no mundo?
Já perdi as contas de quantas vezes ouvi notícias arrasadoras sobre escolhas ruins que tantos jovens adolescentes vêm fazendo.
Quantos se envolvem em crimes e/ou com drogas?
E a taxa de depressão e suicídio entre jovens?
Quantos destes sofreram abusos ou abandono na família?
Quantos sofrem alienação parental?
Os dados são alarmantes.
Que futuro estamos deixando acontecer para nós mesmos vivermos?
Pensar sobre tudo isso me faz olhar para a minha responsabilidade, sobre como eu contribuo para a sociedade continuar incentivando nossa omissão.
O que eu posso fazer?
Posso me responsabilizar pelo jovem que está mais próximo de mim, nesse caso, minha filha. Foi pensando nesse futuro que eu estou corroborando para acontecer que decidi mudar minhas atitudes. Repensar meu papel, analisar os exemplos que dou. Nossa vida é muito curta para não valorizarmos a abundância que Deus provê a nós, seus filhos, e nos focalizarmos na escassez artificial que o homem cria.
O que é o dinheiro senão uma energia escassa, que compra bens escassos e traz uma felicidade efêmera? Preciso mudar a forma como me relaciono com o outro, pois somos todos um só, fazemos parte da rede conectada com o cosmos. A forma como eu lido com o mundo afeta a todos que nele estão, inclusive eu mesma.
Qual é a sua atitude positiva para o momento presente?
Como você quer ser afetado?
É tudo uma questão de escolha, livre-arbítrio.
Que tipo de sentimentos você vem cultivando?
Os mesmos que espera colher?
Vamos juntos colaborar com o que queremos e acreditamos?
Vamos cortar da rede aquilo que não faz bem para o todo?
Vamos tornar possível uma mudança de comportamento e de atitude?
Vamos investir na próxima geração?
O que você quer que continue existindo? Que seja incentivado? Que seja continuado?
O que você pode fazer para isso? Qual é o seu papel no mundo?
Gratidão!



OBS: obrigada pelas contribuições generosas! Já são 14 apoiadores! Tenho certeza de que estou no caminho certo. Atenção, só temos mais 12 dias para o término dessa campanha, se você ainda não contribuiu clique no botão 'Quero contribuir!' e escolha a recompensa que mais te atrair ;ˆD

sábado, 28 de novembro de 2015

O que me motivou:

AJUDE
Antes de eu decidir me oferecer como voluntária nesse mutirão, e querer levar minha filha comigo foi preciso trilhar um longo caminho interno. Precisei meditar e buscar as respostas para meus conflitos internos e minhas dificuldades em viver a vida como ela é. Precisei admitir que tenho problemas e que preciso de ajuda. E principalmente precisei enxergar como minhas atitudes influenciam diretamente na formação da minha filha e de como ela enxerga e lida com o mundo. Ser mãe aos 17 anos não foi nada fácil e muitas vezes minha imaturidade foi um fator negativo ao desenvolvimento da minha filha. Nos distanciamos e nos decepcionamos mutuamente, mas a adulta sou eu e a responsabilidade é minha.  Decidi que não posso mais perder tempo, continuar em um papel vitimista sendo “obrigada” a colaborar com valores com os quais não compactuo. Não acredito que o maior valor que possamos alcançar nessa vida seja financeiro. Encaro o dinheiro como uma energia que possibilita mover nossas vidas e que deve ser utilizado de maneira consciente, tanto na sua obtenção quanto em seu empenho. Quero ter essa vivência com ela, para que eu possa ser um exemplo prático daquilo em que acredito. Além de mostrar que podemos SIM construir nossas próprias vidas da maneira como nós acreditamos e que SIM, existem pessoas maravilhosas nesse mundo e que viver nele pode ser maravilhoso só depende de nós mesmos!

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Compartilhar a viagem, o voluntariado?

AJUDE
Como irei compartilhar:
+   Através de relatos na página do projeto no Facebook;
+   Através de vídeos da viagem pelo canal do projeto no Youtube;
+   Fotos no Instagram do projeto com os momentos mais especiais;
+   Ao final resultará em um e-book em pdf com toda a experiência;

E você pode estar pensando:

Mas, pera aí Jéssica, legal essa ideia de vivenciar essa construção de uma nova realidade junto com a sua filha, até posso querer entrar nessa, mas me explica o que é essa “Bioconstrução” e o que significa “Permacultura”?

Claro! =)

Bioconstrução é o termo utilizado para se referir a construções onde a preocupação ecológica está presente desde sua concepção até sua ocupação. Já na concepção, as bioconstruções valem-se de materiais que não agridam o ambiente de entorno, pelo contrário: se possível, reciclam materiais locais, aproveitando resíduos e minimizando o uso de matéria-prima do ambiente. Todo projeto foca no máximo aproveitamento dos recursos disponíveis com o mínimo de impacto. O tratamento e reaproveitamento de resíduos, coleta de águas pluviais, uso de fontes de energia renováveis e não-poluentes, aproveitamento máximo da iluminação natural em detrimento da artificial, são exemplos de preocupações na concepção desses projetos. A residência nas bioconstruções também segue a filosofia de responsabilidade ambiental dos seus ocupantes. A bioconstrução não se resume à construção em si, mas pode incluir os materiais e o processo de produção da mobília, o uso de agentes biológicos para prover condições de habitação, como no caso dos telhados verdes, e o estilo de vida proposto pela arquitetura dos ambientes.

Permacultura é um sistema de design para a criação de ambientes humanos sustentáveis e produtivos em equilíbrio e harmonia com a natureza, Bill Mollison

A palavra permacultura originou-se da expressão “permanent agriculture“, porém hoje, devido a sua maior abrangência, pode-se dizer que deriva da expressão “cultura permanente”. E por isso mesmo não é fácil defini-la em poucas palavras. Então saiba mais aqui nesse site: http://permacultura.ufsc.br/o-que-e-permacultura/

Um pouco mais:

AJUDE
Eu acredito no poder que cada ser humano tem dentro de si para transformar sua própria vida no que ele deseja que ela seja. 

Cada ser em si carrega o dom de ser capaz e ser feliz”. 

Mas “ninguém muda ninguém e ninguém muda sozinho: a mudança acontece pelo encontro”.

Quando me conecto a alguém com os mesmos sonhos e objetivos que eu, mas com habilidades totalmente diferentes, juntos podemos fazer qualquer transformação, seja em nós mesmos, seja na realidade a nossa volta, seja do outro lado do mundo!

É nisso que eu acredito, é desse mundo de desafios, encontros e mudanças que eu quero fazer parte! 

E quanto mais pessoas estiverem comigo nesse mundo, MUITO MELHOR!

Por isso, para te inspirar a criar esse mundo junto comigo eu quero compartilhar minha experiência com a viagem com minha filha (saindo de Brasília) para voluntariar no Mutirão de Bioconstrução com a construção de casas na Ecovila Dom José, em Alpestre – RS que será em janeiro de 2016!

Sou mãe solteira de uma adolescente linda, quero proporcionar essa vivência a ela: de juntas construir com as próprias mãos uma nova realidade, um novo mundo possível com a Permacultura, aprendendo com a generosidade e o voluntariado ajudando um povo lindo que quase perdeu suas expectativas de uma boa vida.


Assista o vídeo:


quinta-feira, 26 de novembro de 2015

O projeto já foi lançado no Kickante!

O projeto
Mãe e filha pelo Mundo
O quê?

+   Viajar para voluntariar com minha filha em uma bioconstrução de uma ecovila permacultural no interior do RS.

Porquê?

+   Aprender a Bioconstrução gratuitamente, sendo voluntária para poder construir meu futuro com minhas próprias mãos respeitando o meio ambiente, tendo essa experiência junto com a minha filha em uma aproximação, estabelecendo laços de confiança, amor e respeito. Viajando juntas.

Onde?

+   De Brasília para Alpestre, no interior do estado do Rio Grande do Sul.

Quando?


+   Em janeiro de 2016.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Mãe e Filha pelo Mundo

Sim!
Nós queremos ser melhores: uma com a outra
Queremos viver em um mundo melhor para todos
Qual é a parte que nos cabe?
Sim!
O mundo pode mudar se nós mudarmos...
"SEJA VOCÊ A MUDANÇA QUE VOCÊ QUER PARA O MUNDO"
Quem somos?
Sou uma mãe nova há 14 anos e alguns meses
Gestei no próprio ventre aos 16 anos a minha mudança de vida
Aos 17 dei a luz a um novo desafio com amor e esperança
Hoje venho em busca de crescer e amadurecer
Ser a responsável pelo mundo em que vivo
Pelos valores que ensino
No exemplo que passo
Errei tanto e, continuo errando
Hoje ao menos admito
Aprendo
Quero fazer diferente
Ser a diferença
Por mim
Por ela
Pelo mundo
Pela vida

Ela, de tão forte presença
Fez-se sentir no início...
História curiosa: dentro do ventre há não mais que 4 dias
Nem médica acreditou,
Só o atestado pelo exame sanguíneo comprovou
Em sonhos aparecia enigmática menina
Cheia de força, de vida, digna de trono
Metia medo até, sua ácida candura
Prematura
Susto... quase se foi
Sossegada no início, sempre dormindo ou sorrindo
Doce pimenta
Dona do mundo
Cresceu forte
Castigada por tantos acontecimentos
Do mundo adulto, que não a poupou
Ainda assim, doce pimenta
Voluntariosa
Carente de atenção
Insegura
Amorosa e cheia de energia
Minha adolescenina
Dona do meu coração
Aprendiz de uma boa vida